Postado em 12/07/21 : 02:07:52
Invenção do início do século 20, o cinto de segurança salva vidas. Entenda mais sobre sua história e a importância de utilizá-lo.
Ao contrário do que você possa imaginar, o cinto de segurança é uma tecnologia que foi empregada nos automóveis bem depois de sua invenção no final dos anos 1800.
Aliás, nem mesmo quando o Ford T passou a ser produzido em série em 1913 (o lançamento oficial foi em 1908) o cinto era considerado para uso. Na época, o único item de segurança disponível eram os freios.
O primeiro relato de uso se deu 10 anos depois. Em prova disputada entre Paris e Marselha em 1903, os pilotos usaram cintos de segurança de dois pontos, invenção do francês Gustave Désiré Liebau.
No entanto, o somente nos anos 50 o cinto de dois pontos passou a ser disponibilizado junto com os veículos e, no final dessa década, o engenheiro da Volvo Nils Bohlin criou o cinto de três pontos como conhecemos hoje.
Há ainda muita gente que considere incômodo o uso do cinto de segurança, mas nada justifica não o usar. Segundo estudo da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, o uso do cinto no banco da frente reduz em 45% as chances de lesões graves em acidentes e, nos bancos de trás, os passageiros ficam até 75% mais seguros (dados válidos para o cinto de 3 pontos).
Por isso, a utilização do cinto de segurança é indispensável, seja qual for a ocasião. Tanto nas principais vias da cidade quanto dentro de um condomínio no interior do Estado, nunca há situação segura o suficiente para cinto de segurança seja dispensável.
Os cintos de segurança são o principal instrumento de segurança para evitar danos de maior gravidade e até a morte em casos de acidentes. Para a proteção tanto do motorista quanto dos demais ocupantes do veículo, é importante utilizar o cinto de segurança em qualquer circunstância em que o automóvel estiver em movimento.
De acordo com pesquisa realizada pela Artesp (Agência Paulista de Transportes) em 2015, 53% dos passageiros no banco de trás não usam cinto de segurança. Em outras palavras, mais da metade das pessoas não prestou a devida atenção à sua segurança.
Ao contrário do que muita gente pensa, estar na parte traseira de um veículo não reduz o risco de ferimentos graves. Segundo dados de Sara Kubitscheck, do Hospital Brasília, 30% das vítimas de acidentes atendidas no hospital estavam sentadas no banco de trás sem usar cinto de segurança.
Aliás, o uso do cinto de segurança significa a segurança também de quem vai no banco da frente. Em caso de acidente, o peso dos passageiros jogados nos bancos dianteiros é muito maior do que o normal, podendo até levar a lesões irreversíveis na coluna, por exemplo.
Como todo componente de um carro, o cinto de segurança também tem vida útil e com o desgaste pode apresentar falhas e não ser mais confiável. E como é um item importante, se vir a dar defeito, pode colocar a segurança dos ocupantes em risco.
Por isso, é importante sempre analisar o estado do peça. Alguns sinais indicam que o cinto de segurança deve ser trocado, como:
Em todas essas situações, você deve procurar um profissional para realizar a troca.
A lei nº 9.503 (CTB – Código de Trânsito Brasileiro) de 23 de setembro de 1997, no artigo 65 diz que é obrigatório o uso do cinto de segurança para condutor e passageiros em todas as vias do território nacional, salvo em situações regulamentadas pelo CONTRAN.
Com isso fica bem claro que a obrigatoriedade fica para todos os ocupantes do veículo, inclusive os que andam nos bancos de trás. Segundo a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), 97% das pessoas que andam no banco da frente utilizam o cinto — no âmbito mundial, o Brasil é um dos países líderes neste quesito. No entanto, na parte de trás do carro a situação se inverte: apenas 7% dos passageiros usam o dispositivo de segurança.
Aliás, até quem leva os animais de estimação nos bancos traseiros deve fazê-lo sob essas premissas, ou usando cinto de segurança próprio para Pets ou fixando a caixa de transporte ao cinto de segurança.
É importante lembrar que a não utilização do cinto gera multa ao proprietário do veículo que também perde pontos na CNH. Por isso, atente-se e, caso algum ocupante do veículo não use o cinto de segurança, avise-o e só dirija quando todos estiverem em segurança.
Utilizar o cinto de segurança é, também, uma forma de proteger a vida. Além de ser, por lei, obrigatório, é também um dever moral de cada cidadão. Acredite: você não irá querer passar por situações drásticas que poderiam ser evitadas pelo simples uso do dispositivo.
Sobre Fernando Naccari
Jornalista Automotivo e Engenheiro Mecânico com 15 anos de carreira, toda ela construída no mundo automotivo, é uma das principais referências do Brasil quando o assunto é carro.
Foi responsável por todo o conteúdo do Jornal Oficina Brasil por 3 anos; foi Consultor Técnico e Jornalista na Infini Mídia (Revista O Mecânico, Jornal Auto & Você e Revista Carro) por 4 anos, onde emplacou matérias de avaliação de veículos, testes em pista e artigos técnicos voltados à profissionais do setor e, em 2017, fundou o site e canal do YouTube "Naccar - Auto e Notícias", que rapidamente tornou-se uma das principais fontes de notícias e avaliações de veículos do País.
Em paralelo ao Naccar, Fernando também foi editor por dois anos da Revista Car Stereo Tech, especializada em veículos especiais e modificados.
Agora, na InstaCarro, é o responsável por gerar conteúdos sobre a empresa, sobre o mercado automotivo e, claro, avaliar carros e te ajudar a escolher quem merece um lugar na sua garagem :)
Matéria de 08 de fev. 2021
FONTE: https://www.instacarro.com/blog/documentacao-e-legislacao-veicular/usar-o-cinto-de-seguranca/